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ARTIGO DE ECONOMIA
26/01/2023 13:30:05
1,6 mil acessos
O que se pode esperar do Brasil após Davos? Foto: Pixabay/Pexels

O Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, é um dos grandes palcos de discussão das tendências da economia global. Nos últimos anos, em virtude da crescente importância do tema, o evento começou a ser também um espaço de debate das questões climáticas e da emissão de carbono.

Havia grande apreensão a respeito do discurso do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sobre as perspectivas e visões do novo governo quanto ao futuro da economia nacional. 

Mesmo antes de sair do Brasil, Haddad já dava uma previsão do que seria falado – o objetivo era mostrar ao mundo a busca pelo equilíbrio fiscal, a volta da atuação do País nos fóruns internacionais e o empenho das instituições brasileiras em resolver os conflitos políticos, como a invasão do Congresso e do Supremo Tribunal Federal (STF) por apoiadores de Jair Bolsonaro no última dia 8. 

Além destes pontos, o mundo esperava do ministro uma sinalização mais positiva quanto às Parcerias Públicas-Privadas (PPPs), depois das críticas proferidas pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, às privatizações.

E todas as expectativas se concretizaram: Haddad reforçou o dever de apresentar um arcabouço fiscal até julho, a fim de substituir o teto de gastos. Isso ressalta a preocupação do governo em estabilizar o aparato tributário, a despeito das críticas à nova regra, que deve levar em consideração a relação entre dívida e Produto Interno Bruto (PIB), abrindo espaço para expansão.

O ministro da Fazenda também afirmou que o Brasil está aberto a PPPs que visem a melhorar a infraestrutura e as condições de vida da população, além de expressar o desejo de trabalhar as questões mais urgentes com grandes empresas e financiadores. 

Afirmou, ainda, que a grande prioridade no primeiro semestre, além do arcabouço fiscal, é a Reforma Tributária que, primeiro, será focada no consumo para, depois, pensar no Imposto de Renda (IR). Refutou, de início, a ideia de isentar ganhos de até R$ 5 mil, com as condições atuais. 

Outro ponto bastante discutido pela delegação foi a volta do Brasil aos fóruns e acordos mundiais sobre o clima. A importância que o País deu ao tema é tão grande que a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, esteve junto de Haddad na ocasião. 

Este passo é importantíssimo para a conjuntura econômica, pois muitos fundos de investimento internacionais só têm permissão de investir em países que tenham algumas certificações ESG. Assim, caso o Brasil não se inserir nesta agenda, não poderá receber recursos de grandes bancos e ativos do mundo inteiro.

Enfim, a mensagem afinada do ministro foi bem recebida pelo mercado. Contudo, há, ainda, uma heterogeneidade de discursos dentro do próprio governo, causando incertezas, e este é um problema que terá de ser sanado.

O Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, é um dos grandes palcos de discussão das tendências da economia global. Nos últimos anos, em virtude da crescente importância do tema, o evento começou a ser também um espaço de debate das questões climáticas e da emissão de carbono.
Havia grande apreensão a respeito do discurso do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sobre as perspectivas e visões do novo governo quanto ao futuro da economia nacional. 
Mesmo antes de sair do Brasil, Haddad já dava uma previsão do que seria falado – o objetivo era mostrar ao mundo a busca pelo equilíbrio fiscal, a volta da atuação do País nos fóruns internacionais e o empenho das instituições brasileiras em resolver os conflitos políticos, como a invasão do Congresso e do Supremo Tribunal Federal (STF) por apoiadores de Jair Bolsonaro no última dia 8. 
Além destes pontos, o mundo esperava do ministro uma sinalização mais positiva quanto às Parcerias Públicas-Privadas (PPPs), depois das críticas proferidas pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, às privatizações.
E todas as expectativas se concretizaram: Haddad reforçou o dever de apresentar um arcabouço fiscal até julho, a fim de substituir o teto de gastos. Isso ressalta a preocupação do governo em estabilizar o aparato tributário, a despeito das críticas à nova regra, que deve levar em consideração a relação entre dívida e Produto Interno Bruto (PIB), abrindo espaço para expansão.
O ministro da Fazenda também afirmou que o Brasil está aberto a PPPs que visem a melhorar a infraestrutura e as condições de vida da população, além de expressar o desejo de trabalhar as questões mais urgentes com grandes empresas e financiadores. 
Afirmou, ainda, que a grande prioridade no primeiro semestre, além do arcabouço fiscal, é a Reforma Tributária que, primeiro, será focada no consumo para, depois, pensar no Imposto de Renda (IR). Refutou, de início, a ideia de isentar ganhos de até R$ 5 mil, com as condições atuais. 
Outro ponto bastante discutido pela delegação foi a volta do Brasil aos fóruns e acordos mundiais sobre o clima. A importância que o País deu ao tema é tão grande que a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, esteve junto de Haddad na ocasião. 
Este passo é importantíssimo para a conjuntura econômica, pois muitos fundos de investimento internacionais só têm permissão de investir em países que tenham algumas certificações ESG. Assim, caso o Brasil não se inserir nesta agenda, não poderá receber recursos de grandes bancos e ativos do mundo inteiro.
Enfim, a mensagem afinada do ministro foi bem recebida pelo mercado. Contudo, há, ainda, uma heterogeneidade de discursos dentro do próprio governo, causando incertezas, e este é um problema que terá de ser sanado.
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Publicado por
Economista da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) e membro do Conselho de Economia Empresarial e Política da mesma instituição. PhD em Economia, Relações Governamentais e Ambiente de negócios, também é professor do MBA da FIA-USP
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