Publicado: 16/10/2017 11h43
Última modificação: 16/10/2017 12h12
Economistas escutados pelo Banco Central passaram a ver uma inflação mais perto dos parâmetros fixados pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
Economistas de instituições financeiras voltaram a apostar em um crescimento mais forte da economia brasileira para este e para o próximo ano. Agora, a expectativa dos analistas é que o Produto Interno Bruto (PIB) avance 0,72% em 2017, ante estimativa anterior de 0,70%.
Para 2018, as projeções apontam para um crescimento de 2,50% da economia brasileira. Anteriormente, essa estimativa estava em 2,43% – essa é a sexta alta seguida para essa estimativa. Os números constam do Boletim Focus, documento semanal elaborado pelo Banco Central com estimativas de cerca de 100 analistas.
O aumento da projeção para o PIB ocorre após o avanço da economia no segundo trimestre do ano. No período, a economia cresceu 0,2% acima do esperado diante do aumento surpreendente do consumo das famílias.
Inflação
Os especialistas consultados pelo Banco Central também projetaram uma inflação mais próxima do centro da meta perseguida pela instituição, que é de 4,5%.
Em 2017, a estimativa dos analistas é que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do País, encerre o ano em 3%. A porcentagem está dentro da margem de tolerância da meta de inflação, que permite um patamar máximo de 6% e mínimo de 3%.
A principal função do Banco Central é zelar pela estabilidade financeira do País e controlar a inflação. Para isso, ele segue uma meta de inflação, que é definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
É tão importante manter a inflação sob controle que, quando essa meta não é atingida, o presidente do Banco Central tem de enviar uma carta ao ministro da Fazenda explicando os motivos que deixaram os preços fora dos parâmetros do CMN.
Diante do rápido processo de desinflação visto no último ano, a meta foi alterada. A meta inflacionária passa a ser de 4,25%, em 2019, e de 4%, em 2020.
Juros estruturais
Principal instrumento de combate à inflação, a taxa básica de juros, a Selic, vem acompanhando esse processo de queda nos preços: recuou de 14,25% ao ano, em junho do ano passado, para os atuais 8,25% ao ano – o menor nível em quatro anos.
Como a Selic é utilizada pelo Banco Central para encarecer ou baratear o acesso ao crédito, essa redução leva a um aquecimento do consumo e a um aumento da atividade econômica. Isso porque a queda da taxa básica viabiliza mais investimentos do setor produtivo.
Para os economistas, a taxa básica deverá chegar ao patamar de 7% ao ano no final de 2017, repetindo o mesmo desempenho ao final do próximo ano. Caso isso se confirme, o Brasil conviverá com os juros mais baixos da história.
Fonte: Governo do Brasil, com informações do Banco Central