Publicado: 09/10/2017 16h56
Última modificação: 09/10/2017 16h56

Pacote de concessões e privatizações é símbolo de avanço econômico, geração de empregos e melhora na entrega dos serviços ao consumidor.

Melhorar a qualidade dos serviços prestados, aumentar a quantidade de empregos e fazer que a economia cresça de forma mais sustentável. Esses são alguns dos objetivos do governo do Brasil ao repassar parte da operação e manutenção de setores de infraestrutura do País. Nesse sentido, investidores estão sendo atraídos para os 57 empreendimentos que integram o Programa de Parcerias de Investimentos (PPI).

Um exemplo prático da atratividade desses ativos e de como o projeto pode alavancar a economia brasileira após dois anos de recessão são os recentes leilões realizados pelo governo. Apenas em leilões de energia elétrica e do setor de óleo e gás foram arrecadados quase R$ 16 bilhões em bônus de outorga.

Esses recursos entram diretamente nos cofres do Tesouro Nacional e ajudam no objetivo do governo do Brasil em reequilibrar as contas públicas, eliminando a necessidade de tomar medidas mais amargas, a exemplo de elevar os impostos.

Na avaliação de José Carlos Medaglia, diretor-presidente da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), estatal que produz estudos que baseiam os projetos de concessão, a parceria com o setor privado é uma importante ferramenta para gerar desenvolvimento em períodos em que a União não pode arcar com os custos dos altos investimentos em infraestrutura.

“A carência de infraestrutura que o País tem exige providências que nos deem respostas efetivas e mais rápidas. Nesse cenário, também levando em conta algumas dificuldades orçamentárias do governo, acho que é quase um consenso de que concessões, a parceria público-privada, é um caminho a ser trilhado”, apontou.

Parceria com setor privado deve melhorar economia e prestação de serviços no BrasilMetodologia

Para alguns especialistas, a atratividade dos projetos brasileiros em infraestrutura têm chamado a atenção de investidores por conta de uma modelagem menos intervencionista e mais transparente. Ao comentar o sucesso do leilão de quatro hidrelétricas, que arrecadou R$ 12,13 bilhões, a diretora da Tyhmos Energia, Thais Brandini, ressaltou a disputa dos competidores e a mudança do modelo de negócios das concessões.

“A gente vê um sucesso perto do que tínhamos. Quando o governo molda o leilão de uma maneira a atrair investidores, eles vêm. Esse modelo é mais interessante, houve mais interessados”, pontuou. Posição similar tem o o diretor da EPL. Para ele, os projetos são atrativos e a nova modelagem das concessões, que não tenta impor uma taxa de retorno aos investidores e dá tempo para que eles se preparem, tem gerado efeitos positivos.

“Esse é um sinal de que se acertou naquela modelagem, naquela oferta. Isso assegura que a gente tenha um bom nível de serviço”, disse ele, ao dar como exemplo o leilão de quatro aeroportos (Salvador, Fortaleza, Porto Alegre e Florianópolis), ocorrido neste ano.

Serviços

Ao mesmo tempo em que ajudam a economia crescer com base nos investimentos em infraestrutura, as concessões podem significar uma melhora substancial na qualidade do serviço prestado à população.

“As concessões em infraestrutura rodoviária oferecem maior segurança e mobilidade nas estradas. Quando o transportador transita em uma via melhor sinalizada, com a pavimentação adequada, o caminhoneiro consequentemente reduz os custos com pneus, manutenção do veículo, dentre outros insumos”, afirmou o presidente da Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), Jose da Fonseca Lopes.

Para ele, as rodovias brasileiras têm fama em seu péssimo estado de conservação. Na visão da entidade, as concessões têm conseguido mudar, o que, ao final, melhora a economia brasileira. “O modal rodoviário é fundamental para alavancar o desenvolvimento econômico do País”, conclui.

Impacto econômico

A parceria com o setor privado gera dinheiro em caixa para o governo do Brasil, e alavanca empregos – em especial na construção civil – e resulta em geração de mais renda e riqueza. Para Medaglia, os impactos são positivos.

“O setor de construção é o que mais rapidamente e em maior volume responde à geração de emprego. Então o investimento em uma rodovia, em uma obra de aeroporto […] consegue dar uma equação muito favorável em termos de geração de emprego, dinâmica econômica e retorno em impostos”, disse ele.

Para Thais Brandini, da Thymos Energia, os próximos negócios em energia são um símbolo disso. “É um impacto positivo, que faz crescer a economia, crescer o emprego”, afirmou. Diante dos recentes leilões na área, ela espera um futuro promissor para os projetos que o governo do Brasil apresentou aos investidores privados.

Fonte: Portal Brasil, com informações da ANP, Aneel e Projeto Crescer

http://www.brasil.gov.br/economia-e-emprego/2017/10/parceria-com-setor-privado-deve-melhorar-economia-e-prestacao-de-servicos-no-brasil

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